Gronlandshund

Gronlandshund

 

Da família dos spitz, esta raça é considerada uma das mais antigas do mundo. Originária das áreas costeiras das regiões Árcticas da Sibéria, Canadá e Gronelândia, crê-se que chegou à Gronelândia há mais de 5000 anos, apesar de existirem achados arqueológicos que fazem recuar as suas origens até 9000 anos.
 
Esta raça partilha antepassados e características comuns com o Samoiedo, o Husky Siberiano e o Malamute do Alasca, o que fez com que, ao longo dos tempos, lhe fossem atribuídas várias denominações. Só em 1990 é que o Cão da Gronelândia (ou Gronlandhund) adquire este nome.
 
Foi desde sempre utilizado como cão trenó, tendo também auxiliado o homem na caça de focas, já que o seu apurado olfacto permitia-lhe descobrir a presa debaixo de gelo.  
 
No séc.XVII, esta estirpe foi importada para o Reino Unido, onde participou em exposições, mas só no séc. seguinte (1880) é que obteve o reconhecimento pelo Kennel Club.
 
Com a modernização dos meios de transporte nas regiões árticas, a criação do Cão da Gronelândia foi remetida para segundo plano, o que faz com que actualmente seja considerada uma raça rara, apesar da dedicação atribuída por alguns seus admiradores escandinavos. 
 
Este é um animal que preservou os traços que caracterizam uma raça de trabalho: extremamente independente, incansável, leal e devoto às suas funções. É uma raça que necessita de um dono capaz de o acompanhar e educar persistentemente, pois conserva ainda alguns traços da sua descendência mais remota: os lobos.
 
O seu dono, terá de aplicar algum tempo e paciência nesta educação, mas não sairá em desvantagem, já que estes animais revelam-se afectuosos, gentis perante estranhos e muito inteligentes.
 
Não é um cão apto para guardar uma casa. Apesar de sua robustez e força, este animal não é naturalmente agressivo e não possui o mesmo instinto de protecção que alguns cães 
 
Este é um spitz de porte médio, cuja altura nas espáduas mede, no mínimo, 61cm (machos) e 55cm (fêmeas) e peso encontra-se acima dos 29,7Kg.
 
A sua pelagem é dupla, preparada para as baixas temperaturas do árctico: o subpêlo é macio mas pesado, e a camada externa é lisa, bastante áspera e claramente comprida no tronco, membros e cauda.
 
O crânio é largo, dotado com uma chanfradura nasal definida. O nariz é em forma de cone e os olhos são escuros, inseridos obliquamente. As orelhas estão expressivamente erguidas e são triangulares, com pontas arredondadas, pequenas e erectas. O pescoço é extremamente robusto e compacto e o tronco rectangular e curto, podendo no entanto, ser mais longo nas fêmeas. Os membros são extremamente poderosos, a ossatura é pesada e as coxas são musculosas e conferem-lhe uma óptima propulsão. A cauda de inserção alta, está normalmente enrolada sobre o dorso.
 
Este animal tem uma esperança média de vida de 13 anos e é genericamente considerado muito saudável. Enquanto pequeno, possui um apetite generoso, já que a sua ossatura exige uma boa alimentação.
 
Não é um cão talhado para viver dentro de casa, pois sente a necessidade de libertar o excesso de energia que possui, quer por via da brincadeira, quer por via do trabalho. É um cão óptimo para acompanhar aqueles que apreciam actividades ao ar livre e que gostam e praticar exercício físico regularmente, se possível sem estarem expostos ao excesso de calor, uma vez que lida mal com as elevadas temperaturas.
 
É aconselhável uma escovagem regular do seu pêlo.
 
A sua peculiar personalidade e o seu porte robusto, fazem com que este cão seja aconselhado a pessoas com alguma experiência.
 
Curiosidade: Estes animais são extremamente resistentes ao frio. Note-se que a sua pelagem permite-o aguentar temperaturas que podem atingir os 50 ou 75 graus negativos na escala de Fahrenheit, estando também habituados a comer pequenos pedaços de carne ou peixe congelados.